O actual maior inimigo dos portugueses, devido ao facto de ser responsável pelo maior número de vítimas mortais provocados por causas não naturais, continua a ceifar vida a milhares de portugueses, sobretudo por beneficiar de uma propriedade de “assassino silencioso”, matando indiscriminadamente e sem avisar, daí o título escolhido para o presente artigo. A selecção deste não foi por mero acaso, mas determinada com vista a ilustrar a urgente necessidade de travar definitivamente uma origem de morte precoce que parece não abrandar em Portugal, bem pelo contrário.
A produção de colesterol ocorre por acção do próprio organismo no processamento dos alimentos que são ingeridos e “por defeito”, ou seja, nas condições normais, acontece de forma adequada, sendo mantidos os níveis de colesterol ideais. No entanto, o descuido alimentar e sedentarismo provocam o seu descontrolo e acabam por catapultar uma série de problemas decisivos para o surgimento de doenças fatais como a falha renal ou os acidentes vasculares cerebrais (AVC), esta última provada como a principal causa de morte em território luso.
Após as refeições, o colesterol viaja para o intestino onde se funde com umas proteínas, os quilomícrons, ajudando ao transporte dos triglicerídeos até ao fígado. Seria aqui que o mau colesterol deveria ser exterminado, mas tal não acontece quando os seus níveis estão demasiado elevados, sobretudo porque os sais biliares são incapazes de o eliminar na totalidade com sucesso, continuando assim através da corrente sanguínea, algo que deveria suceder. Porém, progride em fios com uma densidade muito maior àquela em que se tornaria com a quantidade de colesterol igual à recomendada, logo, prejudicial.
Para evitar a subida dos níveis de colesterol e os problemas a eles inerentes, convém evitar o consumo excessivo de lacticínios de bovinos e derivados, carnes vermelhas e produtos dessa família. Diversos tipos de peixe e frutos geram também colesterol após a sua ingestão, embora em quantidades substancialmente menores, até porque o colesterol é necessário para o normal funcionamento do organismo, ainda que, como em tudo, nocivo quando presente em demasia no sistema interino do ser humano.
Contrariamente ao que se pensa, o colesterol não tem quaisquer sintomas visíveis que permitam a sua detecção prévia ou sequer corrente. A única forma de conseguir saber se os seus níveis estão na proporção ideal é fazer regularmente exames e acompanhar os resultados para ver se está seguro na situação em que se encontra. Não há pré-aviso de um possível descontrolo do colesterol e só com a “revisão” periódica se poderá detectar alguma oscilação indesejada desta substância.
O risco de sofrer com as consequências do colesterol elevado são particularmente inquietantes quando o bom colesterol (HDL) supera os 40 miligramas (mg) por decilitro (dl) e o mau (LDL) ultrapassa os 130 mg/dl. A situação torna-se insustentável e exige medidas extremamente drásticas quando a concentração transpõe a barreira dos 750 mg/dl, um limite derradeiro que provocará o aumento do tamanho do baço e do fígado, para os quais as nocivas sequelas podem ser fatais, à semelhança do que se reflectirá no agudizar das doenças cardiovasculares e coronárias.
“O colesterol não tem quaisquer sintomas visíveis”, então é porque, se calhar, não é assim um problema como aqui se está a dizer. A hipótese lipídica que aqui se refere tem inúmeras fraquezas e inconsistências. Pesquise sobre o assunto e provavelmente mudará de ideias rapidamente. Algumas sugestões de leitura:
[1] – “The Great Cholesterol Con” (2006), Anthony Colpo, Lulu
[2] “The Cholesterol Myths: Exposing the Fallacy That Saturated Fat and Cholesterol Cause Heart Disease” (2002), Uffe Ravnskov, New Trends Pub Inc
[3] “Fat and Cholesterol are Good for You” (2009), Uffe Ravnskov, GB
[4] “Good Calories, Bad Calories” (2007), Gary Taubes
[5] “Trick And Treat – how ‘healthy eating’ is making us ill” (2008), Barry Groves, Hammersmith Press
[6] Food and Western Disease: Health and nutrition from an evolutionary perspective” (2010), Staffan Lindeberg, Wiley-Blackwell
[7] Malignant Medical Myths” (2006), Joel M Kauffman, Infinity Publishing
[8] “Vitamin D and Cholesterol: The Importance of the Sun” (2009), David S. Grimes, Tennison Publishing
[9] “The Fats of Life: Essential Fatty Acids in Health and Disease” (2010), Glen D. Lawrence, Rutgers University Press
[10] – “Nourishing Traditions” (1999), Sally Fallon, W. A. Price Foundation
Sobre”o risco de sofrer com as consequências do colesterol elevado são particularmente inquietantes quando o bom colesterol (HDL) supera os 40 miligramas (mg) por decilitro (dl)“, acho que é exatamente o contrário: o BOM colesterol idealmente até deve superar os 60 miligramas (mg) por decilitro (dl), pelo que quanto maior o valor melhor!
o coresterol da cordura no figado
tenho o seguinte nível,HDL 55,69 mg/dl 35-65,queria saber se este nível e normal.